segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Quem fez História

MANUEL DUARTE escreveu “NO PLANALTO” em 1930, pela Editora da Livraria Globo de Porto Alegre. Pesquisa nas livrarias da capital localizou o únicoexemplar, muito bem conservado, apesar das páginas amarelas. Mergulhar na leitura da Vacaria de 77 anos atrás, aguça a curiosidade, e desperta a vontade de devorar suas 126 páginas, a começar pelo prefácio do erudito historiador Dr. Affonso de E. Taunay. Este mostra-se extasiado pelas descrições que Manoel Duarte faz de sua terra e sua gente. Verdadeira relíquia literária, de valor inestimável às páginas 41 a 50, Manoel Duarte publica vocábulos gerados na inventiva graciosa ou bárbara, do meio. A disputa pela Fazenda do Pinheiro Grosso, a fundação da Fazenda do Socorro e a conquista do Planalto, são temas de grande valor histórico.

FIDÉLIS DALCIN BARBOSA nasceu em Montenegro em 14/12/1915. Foi
professor de Literatura e Língua Portuguesa em Pelotas, Caxias do Sul, Canela e especialmente em Lagoa Vermelha. Estagiou por cinco anos em Portugal, para
estudos e pesquisas aprofundando seu conhecimento sobre a influência
portuguesa no sul do país. Foi jornalista, correspondente de vários jornais, mas
especialmente escritor. Seu conhecimento da realidade regional o levou as
incursões literárias sobre a História do Rio Grande do Sul, com a primeira edição em 1985. Estudou os indígenas, colonos, imigrantes, não descuidou da
literatura, do folclore e dos costumes que marcam a alma gaúcha. Aos seus
alunos no Ginásio Duque de Caxias, despertou o interesse pela leitura e pela
escrita. Entre outras obras, publicou Semblantes dos Pioneiros, Prisioneiro da
Montanha, Prisioneiros do Abismo, Prisioneiros dos Bugres, Anjos Prisioneiros,
Campo dos Bugres, Fanáticos de Jacobina, que remontam histórias e lendas dos
Aparados e mais 50 outras publicações temáticas, além de Vacaria dos Pinhais em 1978. Até os últimos dias de sua vida em Lagoa Vermelha, leu e escreveu com verdadeira paixão pela língua de Camões, para expressar sentimentos.

JOSÉ FERNANDES DE OLIVEIRA exerceu o magistério por quase quarenta anos em Vacaria, foi Diretor de Escola Pública, integrado à comunidade, participou
desde a construção da Catedral, até as memoráveis comemorações doCentenário de Vacaria em 1950. Escreveu sobre tudo e sobre todos, menos सोब्रे ele mesmo, sua modéstia não permitiu। O professor é lembrado em sua terra, identificando um dos estabelecimentos de ensino mais tradicionais e respeitados, a Escola Estadual José Fernandes de Oliveira – Zezinho. Um dosfascículos de nossa série de reportagens em 2008 resgatará a vida e a obra doautor de Rainha do Planalto–1959 da Editora São Miguel, reconhecida como a
mais completa pesquisa sobre os Borges Vieira, pioneiros da colonização
açoriana de 50 municípios da Região Nordeste.

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